segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Poesia do novo livro

SEM AUTOR


Centelhas de dúvidas pairam no ar

atormentam os finais de tarde

o adormecer do sol

e iniciam a insônia da longa madrugada.

Pensamentos dúbios discordam das rubricas tempestivas

dadas nas páginas em branco,

nas frases que nunca foram escritas.

Infantil respaldar um livro inacabado,

intolerante levantar-se no meio do filme e dá-lo como creditado.

O medo da narrativa o impulsiona a escrever histórias paralelas,

a fugir dos contos que te aterrorizam e não o deixa colocar os pés no chão.

Jogas a dúvida para debaixo da cama

e inutilmente espera que alguém o descarte no limbo imaginário,

que criaste a revelia do autor.